quinta-feira, 22 de abril de 2010

i hate the way you love


Você não tem como controlar quem ama ou quando ama elas. Enquanto eu fico sem ar perto de um garoto que eu gosto e que acho que só lembra da minha existência quando me ve, a pessoa por quem eu morria antes vem se declarar pra mim. Por que? Só consigo ficar triste, porque eu não sinto mais o mesmo por ele agora.
Eu quero o outro. Quero conhecer mais sobre o outro. Quero passar tempo com ele, ficar mais com ele, mais intima dele e sei lá.
Mas ele não quer. Ele quer me usar, quer me levar pra um motel, quer ficar na dele sem mulher enchendo o saco dele.
Eu não quero ter que me obrigar a parar de pensar nele, não quero ter que dizer não a todas as investidas dele, não quero ter que ir pra o outro lado de um lugar que ele aparecer. Não quero ter que ignorá-lo.
Mas eu preciso, de novo. Porque a gente não escolhe. E quem a gente quer não escolhe a gente por isso.
Só que estou cansada disso. Cansada de ser obrigada a me esforçar de novo. Cansada de listar todos os motivos porque ele não me merece. E engraçado que não merece mesmo! Não é nada que estou falando só pra me sentir melhor, esse realmente não merece!
When you say it's gonna happen now... when exactly do you mean?
Eu me cansei de ficar sozinha. Eu num quero mais. E eu num tenho controle sobre isso. Não tem o que eu possa fazer de qualquer maneira para mudar isso.
Mas eu estou triste. E não tenho nada a fazer além de desabafar.

sábado, 17 de abril de 2010

mais um daqueles das reclamações


Decidi me isolar do mundo. Decidi mesmo... Se bem que convenhamos, tomaram essa decisão pra mim. Ah...! Eu sinto que estou sempre respeitando os limites dos outros, estou sempre ajudando os outros, converso quando os outros precisam, ligo atrás pra saber se estão bem mas e eu? Quando alguém vai fazer algo por mim como eu preciso? Quando alguém vai me ligar me chamando pra sair pra fazer eu me sentir melhor, porque é o que eu preciso sempre, no momento, pra me sentir melhor, enfim? E eu digo de me ligarem mesmo, não de eu ir atrás "preciso conversar... vamos sair comigo por favor, por favor, por favor?", porque é o que vem acontecendo! E eu? Eu quero um momento "eu, eu, eu, eu"! Isso é tão errado? Considerando o nada "eu" que minha vida tem tido, eu diria que é até pouco! Os únicos "eus" que têm existido são "eu" ligo atrás das pessoas pra conversar, seja por mim ou por elas, "eu" convido as pessoas pra sair, "eu" insisto com elas pra sair, "eu" cobro atenção delas, "eu" obviamente falho miseravelmente em conseguir essa atenção, "eu" fracasso, "eu" entendo o momento na vida das pessoas, "eu" reclamo da minha vida, "eu" sinto falta, "eu" quero mais atenção! É isso, preciso de atenção! Preciso me sentir querida! Preciso sentir que faço parte, que não sou peso morto, sei lá! Preciso que isso venha dos outros! Cansei de tentar evitar reclamar com os outros das minhas tristezas e tudo mais, sendo que é só isso que tem na minha cabeça ultimamente, cansei de tentar fingir ser uma pessoa que não sou pra ser mais agradável pros outros... E cansei de ser uma "eu mesma" que não agrada ninguém! Cansei!
Amigos... tipo a R., a L., o Z., o M., a P. ... Amigos que sei que posso chamar de amigos... Que não entendem quando eu digo que estou sozinha, abandonada porque afinal de contas são meus amigos, será que pensam que estou excluindo eles da minha lista, que não contam? Pois vou explicar uma coisa a vocês, amigos: Amo vocês, não desconsiderei ninguém, pelo contrário, considero demais, bastante mesmo. Acho incrível como vocês conseguem put up with me as vezes. Mas vocês tem a vida de vocês, com seus problemas e infelizmente não têm tido a chance de me dar a atenção que preciso agora, e eu juro que entendo, mas não deixo de sentir falta, de precisar dessas coisas... E outra coisa, como estava explicando pra R. agora: você tem um(a) namorado(a), você ama ele(a) e sabe que o sentimento é recíproco. Mas você se sente inseguro da mesma maneira porque passou por tantas na vida, foi traído(a), abandonado(a), usado(a), esquecido(a), teve o coração partido um zilhão de vezes... Então não importa o quanto você ama seu atual namorado(a) e confie nele(a), vai sempre existir aquele medo, aquele desespero, aquela tristeza, aquela desconfiança, ela já se tornou parte de você. E se algum de vocês nunca passou por isso, tenho certeza que possuem sensilidade suficiente para conseguir entender o que quero dizer.
Eu sei que o que eu quero num é pedir demais... Aliás, não ter o que eu quero é ter POUCO DEMAIS. Cansei de me perguntar o que faço de errado e tentar mudar e voltar a ser "eu mesma". Eu só vou esperar agora. Com tristeza, com raiva, melancolia, enfim, não tem mesmo como ser de outro jeito por enquanto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

in love with my misery


Algumas várias vezes já eu ouvi falar que algumas pessoas se viciam no próprio sofrimento. Já falei bastante com amigos sobre sentir um certo prazer na própria dor, uma sensação meio masoquista mesmo, e quando estamos bem, sentimos uma certa saudadezinha da depre. Mas não sei, agora, nessas horas de fundo do poço, isso bem faz sentido pra mim. Eu estou me sentindo abandonada, sozinha, depre... E essa depre é a única coisa que eu tenho, minha única companheira, quase me sinto uma heroína das histórias das irmãs Brontë! O problema é que com todo esse amor pela própria miséria, existe aquela esperançazinha de que você vai ser a fênix, renascida das cinzas, ou que você vai ser aquela mulher misteriosa que deixa todos intrigados com sua estranheza que na verdade é a dor toda que você sente. E lógico, é o que torna você mais apaixonante. A realidade é que isso é tudo bullshit. Depre é chato, é dolorido, te torna mais chato, ninguém quer estar por perto, ou porque será que estaríamos assim tão sozinhos?
Mas aí é o problema: estamos sozinhos. A depre é a única coisa que temos a nos apegar. Só condena quem nunca passou por isso...

domingo, 11 de abril de 2010

loneliness


Então quer dizer que a gente nasceu para ser feliz? Mas quantas pessoas realmente conseguem isso? Acho que se pegarmos todas as pessoas no mundo, uma pequena minoria apenas é feliz. Ser feliz é extremamente difícil. Felicidade é algo tão subjetivo que as vezes você tem tudo na vida e não é feliz, ou você não tem quase nada mas por algum motivo se sente feliz. Difícil, mas acontece. E condições ruins é um dos vários fatores que contribuem para a infelicidade. E têm vários outros, as pessoas à sua volta especialmente. E até mesmo sua cabeça está lutando contra você, produzindo ou deixando de produzir coisas que te deixam deprimido, nervoso, e coisas ainda piores. Basicamente tudo está contra você. Ser feliz é difícil, e as pessoas deveriam entender que cobrar felicidade de alguém, dizer que é fácil e simples é mais doloroso ainda pra quem não conseguiu chegar lá ainda.
Pessimista, eu? Realista talvez. Ok, esse é o discurso de todo pessimista, mas existem argumentos para ele. Não é um simples "ah porque eu acho que é assim" e um "você que está dificultando/facilitando as coisas". Faz sentido. Estou bastante aberta a ouvir evidências que provem o contrário, aliás quero mesmo que existam essas evidências.
Imagino a dificuldade de uma pessoa que teve um filho assassinado brutalmente em voltar a ser feliz. E são muitas pessoas que passam por isso. Quantas pessoas perdem toda sua fortuna e se vêem de repente sem condições de sustentar suas famílias? Isso sem contar as pessoas que nasceram na miséria, viveram cercadas pela brutalidade... E ainda existem imbecis que dizem "fulano que era assim lutou e virou famoso/reconhecido/subiu na vida..." Não, você não está ajudando, está piorando. Basicamente está dizendo pro fulano que está no fundo do poço que ele não passa de um merda porque não conseguiu escalar as paredes lisas de pedra.
Estamos todos sozinhos... Poucos conseguem se livrar dessa condição, mas essencialmente somos solitários... Não podemos contar com a certeza de contar com uma pessoa sempre.
Muitas pessoas têm medo de acabar sozinhas; eu sou uma delas. Não sei se preciso de companhia para ser feliz ou para me distrair da minha própria infelicidade... Sei que quando estou acompanhada, faço bagunça eu me empolgo, fico eufórica, mas por mais que eu reclame da vida demaaaaais mesmo, ninguém sabe como realmente fico quando estou sozinha. Não que isso signifique que ninguém sabe como é se sentir como me sinto, só não sabem como eu, euzinha fico, não me conhecem nesse estado. Conheço muita gente que está pior que eu, ou pelo menos aparenta estar, por diversos motivos... Mas não estou tentando quantificar nada, só falar sobre...
Cada vez mais sinto que minha felicidade está na mão do outros. Que eu preciso de amigos pra ser feliz, de ter alguém, de me sentir amada, de me sentir importante para minha família... E eu praticamente não tenho mais nenhum desses. Embora eu ainda tenha amigos, eu sinto medo constante de perdê-los. Namorado, hehe cansei de sonhar. Família, já deixaram várias vezes bem claro como estariam melhor sem eu. Eu não me garanto sozinha. Não dou conta sozinha. Não sou feliz sozinha.
Aliás não lembro de nunca ter sido feliz, lembro de momentos alegre, mas nada constante ou sólido. Solidão é simplesmente assustador. E me sinto mais sozinha só de tanto alimentar esse medo.
Shit.

domingo, 4 de abril de 2010

a garota invisível


Bial, em toda sua sabedoria (NOOOOOOT) descreveu a Lia (EEEEEEW) do BBB como a mulher invisível, sempre falando "olha pra mim, olha pra mim". Ah whatever, BBB acabou e well, vamos mudar de assunto. Mas eu gostei da história da garota invisível e resolvi falar em cima disso. Reclamar da vida, como não poderia deixar de ser. Durante toda minha vida eu quis ser outra pessoa. Alguma outra pessoa, que chamasse atenção, irradiasse carisma e beleza, e whatever. Conheci muitas pessoas que desejei ser como elas, ou mesmo elas, imaginando como seria a vida delas, perceber o mundo estando no centro dele, e não lá de longe, observando. Sempre imaginava (detalhadamente) uma vida diferente, aparência, criação, família, até um nome diferente, fantasiava sobre como seria essa vida. Pra falar a verdade eu faço isso até hoje, é um vício que não consegui largar. Bem, desnecessário dizer que no fim das contas eu nunca tentei muito fortemente viver a vida sendo eu, aceitando quem eu sou definitivamente e ficar em paz com isso... Duh, claro que tomei a decisão de ser eu e gostar de quem eu sou um zilhão de vezes né. E aí que tá, eu realmente só assisti de longe tudo o que acontecia no mundo. Nunca estive no meio de uma trama, nunca me senti protagonista da minha vida. Sempre me senti invisível, figurante, desnecessária. A garota invisível, de fato. Depois que me dei conta dessas coisas que escrevi aí (e não, não tomei as rédeas da minha vida ainda, quer me ensinar como faz?), fiquei imaginando, será que alguém realmente me vê? Quem será que me vê, e o que essas pessoas enxergam? O que fez as poucas pessoas que no curso da minha vida se aproximaram de mim chegarem a esse ponto... E se afastarem depois (ou não)? Será que sou só a garota reclamona, que não consegue nem aceitar um elogio e faz cu doce o tempo todo? Eu sou tão inteligente como dizem por aí (mas poxa, eu escrevo e falo de coisas tão bobas e superficiais... Olha aí eu já questionando um elogio hehe) ? Porque sempre sempre notam a pessoa que está comigo antes de mim? Porque eu num consigo relaxar e parar de fazer essas perguntas? Hehehehe e ainda me sinto egoistinha porque todas as perguntas tem "eu" no meio! é engraçado que esse se sentir invisível, saber que você é observador e não ator traz consigo uma raiva do mundo, uma personalidade quase que explosiva na maior parte do tempo e ainda sim é como se você fosse contida e ninguém estivesse ouvindo você gritando. Everyone is wearing ear mufflers!

sábado, 3 de abril de 2010

reclamações aleatória e repetidas.


Chatice é doença? Bater na mesma tecla é disturbio (não literalmente falando...)? Fazer cobranças, pular em cima das contradições das pessoas, cobrar tudo o que elas dizem nos mínimos detalhes... Eu não sei se acho isso normal e coerente ou se acho isso uma insegurança do caralho. No meu caso é mais insegurança mesmo. Como já falei antes, eu não entendo porque as pessoas criticam tanto pessoas inseguras, é um defeito que só afeta a mim, não vai afetar os outros. Se num gostam porque acham chatice então se afastem, não fiquem apontando e pronto. Mas esse é o problema, essa é a grande questão: se afastar e pronto. Existem algumas pessoas que por motivos diversos a gente acaba se afastando sem dar muita explicação, simplesmente começam a cortar pessoas da vida delas por algo ruim que elas fizeram, ou pela chatice delas, porque ela é sacana e num se toca... Ah, diversos motivos. Eu já me afastei de algumas pessoas assim. Esses tempos inclusive tenho tido conversas com os outros sobre como isso acontece nas nossas vidas, enfim. Mas, será que não estão fazendo isso com a gente, nos cortando, se afastando lentamente pra parecer que foi um afastamento "natural" nesse mesmo instante? Alguém está de saco cheio de você mas não sabe como expôr isso, com as suas individuaninas (hehehe) baixas, ou sei lá, e você num sabe. Quando a gente se coloca no lugar da outra pessoa, percebe como fazer esse tipo de coisa é meio que sacanagem. Eu estou consolidando essa idéia agora, e que num quero mais cortar gente da minha vida a toa assim, a não ser que eu perceba que ela realmente também está pouco se fudendo pra mim... Eu ando passando por tantos vales, que nem lembro mais como um pico (e uma pica) é. Minha cabeça fica rodando de tantas desconfianças, de tantas tentativas de adivinhar a verdade por trás do que cada pessoa está falando. De achar que todo mundo está mentindo pra mim. Eu simplesmente perdi a capacidade de confiar e ao mesmo tempo estou tentando loucamente me agarrar a qualquer evidência de que as pessoas são confiáveis. Acho que fui criada errado. Fui criada pra ser certinha, pra falar a verdade, pra me importar com os outros. E isso num funcionou porque só me tornou uma pessoas paranóica que fica repetindo milhares de vezes ao dia "why me?" Eu sou tão paranóica que tenho paranóia de estar sendo a pessoa mais irritante do mundo com isso. Mas eu não consigo me soltar. Simplesmente não consigo. Sei com certeza que se fosse hipócrita, questionasse menos, mentisse mais, fosse um pouco mais egoísta e fingisse ser menos egoísta do que eu seria hipoteticamente falando eu me daria bem na vida. Mas sabe como adultos não conseguem aprender né. Tarde demais. E sinto que minha vida vai ser assim até o fim. E eu sei que quem "tem que mudar blablabla" sou eu mas me diz, como? Acho que quem fala esse tipo de coisa num faz idéia do quão difícil fazer isso é, por mais que você queira. Sei que a vida não se resume a isso, tem gente que parece seguir rumos tão diferentes, mais tranquilos, enfim... Ah!