domingo, 21 de novembro de 2010

devaneios

a gente muda constantemente de idéia. tira milhares de conclusões. minha cabeça num para, e eu já ia esquecendo o que ia escrever aqui. nada é certo.
coisas que conclui ultimamente:
*alguns de seus amigos querem que você entenda os problemas deles, mas não entendem os seus;
*outros entendem, e tentam estar lá pra você da melhor maneira possível, mas tem os próprios problemas pra lidar, e muitas vezes você quer tanto que eles prestem atenção nos seus que não presta nos deles;
*logo todo mundo faz isso. e isso não torna ninguém menos amigo de ninguém;
*quanto menos pessoas na sua vida, se você tem necessidade delas, mais você vai cobrar delas. e acabar afastando elas. o que é bizarro porque amigos deveriam estar lá para ajudar e não pra se afastar, pra compreender e não para julgar...mas...as vezes a pressão é tanta que pode ficar difícil... as vezes a cobrança é injusta e sem noção...e egoísta...;
*então tem uma galera fudida hehe;
*todo mundo tem problemas com a família, todo mundo. alguns são maiores, outros menores, mas todo mundo sofre com eles, menos ou mais, é sofrimento do mesmo jeito... e atinge cada um de maneira diferente;
*algumas pessoas tem mania de comparar problemas, de mostrar como o seu é menor que o do outro, de dizer que o seu não é importante porque o dele é maior. até pessoas que considero das mais sensatas já fizeram isso;
*eu sou culpada de muitas dessas coisas aí de cima... e você também...;
mas isso faz de nós pessoas ruins? sei lá... não fazer elas faz de nós pessoas boas? num sei! pessoas quem a gente mais ama a gente muitas vezes machuca, então... e isso é muito difícil de não acontecer!
porque sou obcecada com ele lance de amizade? sei lá, meus pais não me amaram o suficiente hehehe, mas eu sou. deveria mudar o nome desse blog pra algo do tipo.
ah, e sim, assm como existe muita gente muito mais fudida na vida, vivendo coisas que a gente nem consegue imaginar, existe um pequeno grupo se dando muito bem e provavelmente nem sabe o que é sofrer... mas enfim! só to dizendo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

trust

será que algum dia volto a confiar nas pessoas do mesmo jeito? será que consigo seguir meus próprios conselhos de que cada pessoa nova que eu conhecer merece o benefício da dúvida?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

alguém lê!

o zé lê meu blog! viva! eu jurava que ninguém lia, achei que isso aqui estava mais abandonado às traças que tudo.... mas eu expliquei pro zé o porque de eu sentir que não tenho amizades verdadeiras agorinha, (aliás a gente tá conversando agora, oiiiii zéééééé). aí agora falamos um tanto disso, foi bem legal, como eu disse no post da manhã, eu tenho evitado de falar com as pessoas sobre essas coisas pra num chatear elas, e por isso despejo tudo no blog... embora nem sei até que ponto eu tenho evitado, porque acredito que o que faço hoje em dia ainda é considerado reclamação demais pra alguns! a gente falou agora em equilíbrio e da minha parte, eu acho que da minha parte rola um desequilíbrio enorme em tudo. e eu sincerament enum faço a menor idéia de onde buscar esse esquilíbrio, então acho que é uma daspoucas coisas na minha vida que resolvi deixar rolar naturalmente. aliás, tenho uma raiva disso, "deixar rolar naturalmente". eu imaginei que mtas pessoas dispostas a ouvir minhas reclamações inúteis diriam "num pensa no que você faz demais ou de menos, deixa rolar naturalmente" mas imediatamente as pessoa spensam em "como deixar rolar naturalmente?" ai acabou o natural. de repente elas querem dizer pra buscar o tal do equilíbrio, sei lá. enfim.
outra coisa que conversando com o zé agora q eu achei interessante foi o lance das prioridades das pessoas.
engraçado.
ontem uma amiga disse que achou que eu deveria estar feliz porque estou namorando e o namoro vai bem. mas.... isso nunca foi prioridade na minha vida.
eu mesma tendo a achar que quem está rodeado de amigos está feliz e não tem mais nadapra querer na vida. e agora me pergunto seisso é fato.
eu também acho que minha irmã (a vaca) deve estar feliz da vida porque ganha bem, tem um emprego estável, comprou um carro, pode viajar pra odne quiser no mundo a hora que quiser... mas será?
prioridades é um troço estranho.

mean people

i guess. estranho o caminho que as pessoas seguem na vida. algumas pessoas tentam ser sei lá, "boas", no sentido de "cada um tem seus problemas, vou entender, se for alguém próximo vou conversar com a pessoas, ser amigo" enfim... outras preferem fazer graça da desgraça alheia, tipo "tá triste? se mata" e o pior é que elas que se dão bem. mas não é simplesmente "vou agir assim" que melhora as coisas. tem que ter um talento natural pra isso, tem que nascer com a cabeça funcionando desse jeito. a gente fala tanto das pessoas que não prestam "vai se dar mal, todo mundo vai abandonar elas", e realmente isso acontece com algumas, mas não com a maioria, fato. e quem é... ahn... de boa, acaba sendo abandonado, esquecido... pq é chato? pq reclama da vida demais? eu me pergunto se esse é meu caso... mas eu resumo muito dessa reclamação a esse blog que ninguém lê(e as poucas pessoas que lêem, deixam comentários maldosos, sei lá pq... pq é chato? poxa, deixa um comentário construtivo então...) então num pode ser tanto isso... se eu to em cima as pessoas se sentem sufocada, se eu afrouxo as pessoas num vem atrás... eu num entendo isso. hoje em dia eu me considero sem amizades verdadeiras. em alguns momentos da minha vida eu soube o que era isso, mas deveria ser impressão, porque elas não estão mais aqui. cadê as pessoas que eu me sinto a vontade pra ligar a qualquer hora e conversar? e cadê o feedback delas me ligarem? será que eu que realmente afastei todas elas com minha personalidade "difícil" (embora eu num consiga ver o que tem de difícil nela, lembrando que tento ao máximo restringir esse tipo de reclamação da vida ao blog) ou será que o problema é com elas? ou será que minha personalidade num é do tipo que segura as pessoas? as pessoas num se sentem bem perto do mim, com a nuvemzinha negra pairando sobre minha cabeça? hahaha. as pessoas dizem "tem problemas na vida? deal with them" bom tem problemas que dá pra resolver sozinha. tem outros que não, aí só sobra reclamar. quero meu direito de reclamar! hehehe é a única coisa que me sobrou afinal.
então, a solução pros meus problemas num é me matar, como sugerido. porque o que eu quero, e que anda me fazendo tanta falta é viver, é ter as ferramentas pra viver. cadê?
ah, e vai tomar no cú, ou você da mensagem. ;-)
p.s.-> meu teclado está uma bosta, to com uma preguiça monstra de fazer as correções.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Can you make me believe?


Or will it be just like other times? Should i let myself dream? I want to dream... But i hate the way that sometimes i get pulled out of my dreams so hard i don't even have time to breath. Please, don't become statistics. Don't become a cliche. Don't take away another piece of me... I already can't trust, I'm couting on you to be the one that makes me believe... You could be a hero or a monster for me... you oculd be the hand reaching out tohelp me when i'm down or the final nail in the coffin... You could be it! I tried keeping away from you, not getting envolved but you sure snatched me from my safe place and put me out there, naked, vunerable... And i still believed for some stupid reason, i don't know what. Maybe i'm dumb, maybe i'm naive... I told myself "I've been there before" but i just couldn't help it. I said to myself, again, "put yourself together woman!" and not to let things happen they way they did before but here i am, again, down the same road!
And still with a shred of belief... How long is it gonna last?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

i hate the way you love


Você não tem como controlar quem ama ou quando ama elas. Enquanto eu fico sem ar perto de um garoto que eu gosto e que acho que só lembra da minha existência quando me ve, a pessoa por quem eu morria antes vem se declarar pra mim. Por que? Só consigo ficar triste, porque eu não sinto mais o mesmo por ele agora.
Eu quero o outro. Quero conhecer mais sobre o outro. Quero passar tempo com ele, ficar mais com ele, mais intima dele e sei lá.
Mas ele não quer. Ele quer me usar, quer me levar pra um motel, quer ficar na dele sem mulher enchendo o saco dele.
Eu não quero ter que me obrigar a parar de pensar nele, não quero ter que dizer não a todas as investidas dele, não quero ter que ir pra o outro lado de um lugar que ele aparecer. Não quero ter que ignorá-lo.
Mas eu preciso, de novo. Porque a gente não escolhe. E quem a gente quer não escolhe a gente por isso.
Só que estou cansada disso. Cansada de ser obrigada a me esforçar de novo. Cansada de listar todos os motivos porque ele não me merece. E engraçado que não merece mesmo! Não é nada que estou falando só pra me sentir melhor, esse realmente não merece!
When you say it's gonna happen now... when exactly do you mean?
Eu me cansei de ficar sozinha. Eu num quero mais. E eu num tenho controle sobre isso. Não tem o que eu possa fazer de qualquer maneira para mudar isso.
Mas eu estou triste. E não tenho nada a fazer além de desabafar.

sábado, 17 de abril de 2010

mais um daqueles das reclamações


Decidi me isolar do mundo. Decidi mesmo... Se bem que convenhamos, tomaram essa decisão pra mim. Ah...! Eu sinto que estou sempre respeitando os limites dos outros, estou sempre ajudando os outros, converso quando os outros precisam, ligo atrás pra saber se estão bem mas e eu? Quando alguém vai fazer algo por mim como eu preciso? Quando alguém vai me ligar me chamando pra sair pra fazer eu me sentir melhor, porque é o que eu preciso sempre, no momento, pra me sentir melhor, enfim? E eu digo de me ligarem mesmo, não de eu ir atrás "preciso conversar... vamos sair comigo por favor, por favor, por favor?", porque é o que vem acontecendo! E eu? Eu quero um momento "eu, eu, eu, eu"! Isso é tão errado? Considerando o nada "eu" que minha vida tem tido, eu diria que é até pouco! Os únicos "eus" que têm existido são "eu" ligo atrás das pessoas pra conversar, seja por mim ou por elas, "eu" convido as pessoas pra sair, "eu" insisto com elas pra sair, "eu" cobro atenção delas, "eu" obviamente falho miseravelmente em conseguir essa atenção, "eu" fracasso, "eu" entendo o momento na vida das pessoas, "eu" reclamo da minha vida, "eu" sinto falta, "eu" quero mais atenção! É isso, preciso de atenção! Preciso me sentir querida! Preciso sentir que faço parte, que não sou peso morto, sei lá! Preciso que isso venha dos outros! Cansei de tentar evitar reclamar com os outros das minhas tristezas e tudo mais, sendo que é só isso que tem na minha cabeça ultimamente, cansei de tentar fingir ser uma pessoa que não sou pra ser mais agradável pros outros... E cansei de ser uma "eu mesma" que não agrada ninguém! Cansei!
Amigos... tipo a R., a L., o Z., o M., a P. ... Amigos que sei que posso chamar de amigos... Que não entendem quando eu digo que estou sozinha, abandonada porque afinal de contas são meus amigos, será que pensam que estou excluindo eles da minha lista, que não contam? Pois vou explicar uma coisa a vocês, amigos: Amo vocês, não desconsiderei ninguém, pelo contrário, considero demais, bastante mesmo. Acho incrível como vocês conseguem put up with me as vezes. Mas vocês tem a vida de vocês, com seus problemas e infelizmente não têm tido a chance de me dar a atenção que preciso agora, e eu juro que entendo, mas não deixo de sentir falta, de precisar dessas coisas... E outra coisa, como estava explicando pra R. agora: você tem um(a) namorado(a), você ama ele(a) e sabe que o sentimento é recíproco. Mas você se sente inseguro da mesma maneira porque passou por tantas na vida, foi traído(a), abandonado(a), usado(a), esquecido(a), teve o coração partido um zilhão de vezes... Então não importa o quanto você ama seu atual namorado(a) e confie nele(a), vai sempre existir aquele medo, aquele desespero, aquela tristeza, aquela desconfiança, ela já se tornou parte de você. E se algum de vocês nunca passou por isso, tenho certeza que possuem sensilidade suficiente para conseguir entender o que quero dizer.
Eu sei que o que eu quero num é pedir demais... Aliás, não ter o que eu quero é ter POUCO DEMAIS. Cansei de me perguntar o que faço de errado e tentar mudar e voltar a ser "eu mesma". Eu só vou esperar agora. Com tristeza, com raiva, melancolia, enfim, não tem mesmo como ser de outro jeito por enquanto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

in love with my misery


Algumas várias vezes já eu ouvi falar que algumas pessoas se viciam no próprio sofrimento. Já falei bastante com amigos sobre sentir um certo prazer na própria dor, uma sensação meio masoquista mesmo, e quando estamos bem, sentimos uma certa saudadezinha da depre. Mas não sei, agora, nessas horas de fundo do poço, isso bem faz sentido pra mim. Eu estou me sentindo abandonada, sozinha, depre... E essa depre é a única coisa que eu tenho, minha única companheira, quase me sinto uma heroína das histórias das irmãs Brontë! O problema é que com todo esse amor pela própria miséria, existe aquela esperançazinha de que você vai ser a fênix, renascida das cinzas, ou que você vai ser aquela mulher misteriosa que deixa todos intrigados com sua estranheza que na verdade é a dor toda que você sente. E lógico, é o que torna você mais apaixonante. A realidade é que isso é tudo bullshit. Depre é chato, é dolorido, te torna mais chato, ninguém quer estar por perto, ou porque será que estaríamos assim tão sozinhos?
Mas aí é o problema: estamos sozinhos. A depre é a única coisa que temos a nos apegar. Só condena quem nunca passou por isso...

domingo, 11 de abril de 2010

loneliness


Então quer dizer que a gente nasceu para ser feliz? Mas quantas pessoas realmente conseguem isso? Acho que se pegarmos todas as pessoas no mundo, uma pequena minoria apenas é feliz. Ser feliz é extremamente difícil. Felicidade é algo tão subjetivo que as vezes você tem tudo na vida e não é feliz, ou você não tem quase nada mas por algum motivo se sente feliz. Difícil, mas acontece. E condições ruins é um dos vários fatores que contribuem para a infelicidade. E têm vários outros, as pessoas à sua volta especialmente. E até mesmo sua cabeça está lutando contra você, produzindo ou deixando de produzir coisas que te deixam deprimido, nervoso, e coisas ainda piores. Basicamente tudo está contra você. Ser feliz é difícil, e as pessoas deveriam entender que cobrar felicidade de alguém, dizer que é fácil e simples é mais doloroso ainda pra quem não conseguiu chegar lá ainda.
Pessimista, eu? Realista talvez. Ok, esse é o discurso de todo pessimista, mas existem argumentos para ele. Não é um simples "ah porque eu acho que é assim" e um "você que está dificultando/facilitando as coisas". Faz sentido. Estou bastante aberta a ouvir evidências que provem o contrário, aliás quero mesmo que existam essas evidências.
Imagino a dificuldade de uma pessoa que teve um filho assassinado brutalmente em voltar a ser feliz. E são muitas pessoas que passam por isso. Quantas pessoas perdem toda sua fortuna e se vêem de repente sem condições de sustentar suas famílias? Isso sem contar as pessoas que nasceram na miséria, viveram cercadas pela brutalidade... E ainda existem imbecis que dizem "fulano que era assim lutou e virou famoso/reconhecido/subiu na vida..." Não, você não está ajudando, está piorando. Basicamente está dizendo pro fulano que está no fundo do poço que ele não passa de um merda porque não conseguiu escalar as paredes lisas de pedra.
Estamos todos sozinhos... Poucos conseguem se livrar dessa condição, mas essencialmente somos solitários... Não podemos contar com a certeza de contar com uma pessoa sempre.
Muitas pessoas têm medo de acabar sozinhas; eu sou uma delas. Não sei se preciso de companhia para ser feliz ou para me distrair da minha própria infelicidade... Sei que quando estou acompanhada, faço bagunça eu me empolgo, fico eufórica, mas por mais que eu reclame da vida demaaaaais mesmo, ninguém sabe como realmente fico quando estou sozinha. Não que isso signifique que ninguém sabe como é se sentir como me sinto, só não sabem como eu, euzinha fico, não me conhecem nesse estado. Conheço muita gente que está pior que eu, ou pelo menos aparenta estar, por diversos motivos... Mas não estou tentando quantificar nada, só falar sobre...
Cada vez mais sinto que minha felicidade está na mão do outros. Que eu preciso de amigos pra ser feliz, de ter alguém, de me sentir amada, de me sentir importante para minha família... E eu praticamente não tenho mais nenhum desses. Embora eu ainda tenha amigos, eu sinto medo constante de perdê-los. Namorado, hehe cansei de sonhar. Família, já deixaram várias vezes bem claro como estariam melhor sem eu. Eu não me garanto sozinha. Não dou conta sozinha. Não sou feliz sozinha.
Aliás não lembro de nunca ter sido feliz, lembro de momentos alegre, mas nada constante ou sólido. Solidão é simplesmente assustador. E me sinto mais sozinha só de tanto alimentar esse medo.
Shit.

domingo, 4 de abril de 2010

a garota invisível


Bial, em toda sua sabedoria (NOOOOOOT) descreveu a Lia (EEEEEEW) do BBB como a mulher invisível, sempre falando "olha pra mim, olha pra mim". Ah whatever, BBB acabou e well, vamos mudar de assunto. Mas eu gostei da história da garota invisível e resolvi falar em cima disso. Reclamar da vida, como não poderia deixar de ser. Durante toda minha vida eu quis ser outra pessoa. Alguma outra pessoa, que chamasse atenção, irradiasse carisma e beleza, e whatever. Conheci muitas pessoas que desejei ser como elas, ou mesmo elas, imaginando como seria a vida delas, perceber o mundo estando no centro dele, e não lá de longe, observando. Sempre imaginava (detalhadamente) uma vida diferente, aparência, criação, família, até um nome diferente, fantasiava sobre como seria essa vida. Pra falar a verdade eu faço isso até hoje, é um vício que não consegui largar. Bem, desnecessário dizer que no fim das contas eu nunca tentei muito fortemente viver a vida sendo eu, aceitando quem eu sou definitivamente e ficar em paz com isso... Duh, claro que tomei a decisão de ser eu e gostar de quem eu sou um zilhão de vezes né. E aí que tá, eu realmente só assisti de longe tudo o que acontecia no mundo. Nunca estive no meio de uma trama, nunca me senti protagonista da minha vida. Sempre me senti invisível, figurante, desnecessária. A garota invisível, de fato. Depois que me dei conta dessas coisas que escrevi aí (e não, não tomei as rédeas da minha vida ainda, quer me ensinar como faz?), fiquei imaginando, será que alguém realmente me vê? Quem será que me vê, e o que essas pessoas enxergam? O que fez as poucas pessoas que no curso da minha vida se aproximaram de mim chegarem a esse ponto... E se afastarem depois (ou não)? Será que sou só a garota reclamona, que não consegue nem aceitar um elogio e faz cu doce o tempo todo? Eu sou tão inteligente como dizem por aí (mas poxa, eu escrevo e falo de coisas tão bobas e superficiais... Olha aí eu já questionando um elogio hehe) ? Porque sempre sempre notam a pessoa que está comigo antes de mim? Porque eu num consigo relaxar e parar de fazer essas perguntas? Hehehehe e ainda me sinto egoistinha porque todas as perguntas tem "eu" no meio! é engraçado que esse se sentir invisível, saber que você é observador e não ator traz consigo uma raiva do mundo, uma personalidade quase que explosiva na maior parte do tempo e ainda sim é como se você fosse contida e ninguém estivesse ouvindo você gritando. Everyone is wearing ear mufflers!

sábado, 3 de abril de 2010

reclamações aleatória e repetidas.


Chatice é doença? Bater na mesma tecla é disturbio (não literalmente falando...)? Fazer cobranças, pular em cima das contradições das pessoas, cobrar tudo o que elas dizem nos mínimos detalhes... Eu não sei se acho isso normal e coerente ou se acho isso uma insegurança do caralho. No meu caso é mais insegurança mesmo. Como já falei antes, eu não entendo porque as pessoas criticam tanto pessoas inseguras, é um defeito que só afeta a mim, não vai afetar os outros. Se num gostam porque acham chatice então se afastem, não fiquem apontando e pronto. Mas esse é o problema, essa é a grande questão: se afastar e pronto. Existem algumas pessoas que por motivos diversos a gente acaba se afastando sem dar muita explicação, simplesmente começam a cortar pessoas da vida delas por algo ruim que elas fizeram, ou pela chatice delas, porque ela é sacana e num se toca... Ah, diversos motivos. Eu já me afastei de algumas pessoas assim. Esses tempos inclusive tenho tido conversas com os outros sobre como isso acontece nas nossas vidas, enfim. Mas, será que não estão fazendo isso com a gente, nos cortando, se afastando lentamente pra parecer que foi um afastamento "natural" nesse mesmo instante? Alguém está de saco cheio de você mas não sabe como expôr isso, com as suas individuaninas (hehehe) baixas, ou sei lá, e você num sabe. Quando a gente se coloca no lugar da outra pessoa, percebe como fazer esse tipo de coisa é meio que sacanagem. Eu estou consolidando essa idéia agora, e que num quero mais cortar gente da minha vida a toa assim, a não ser que eu perceba que ela realmente também está pouco se fudendo pra mim... Eu ando passando por tantos vales, que nem lembro mais como um pico (e uma pica) é. Minha cabeça fica rodando de tantas desconfianças, de tantas tentativas de adivinhar a verdade por trás do que cada pessoa está falando. De achar que todo mundo está mentindo pra mim. Eu simplesmente perdi a capacidade de confiar e ao mesmo tempo estou tentando loucamente me agarrar a qualquer evidência de que as pessoas são confiáveis. Acho que fui criada errado. Fui criada pra ser certinha, pra falar a verdade, pra me importar com os outros. E isso num funcionou porque só me tornou uma pessoas paranóica que fica repetindo milhares de vezes ao dia "why me?" Eu sou tão paranóica que tenho paranóia de estar sendo a pessoa mais irritante do mundo com isso. Mas eu não consigo me soltar. Simplesmente não consigo. Sei com certeza que se fosse hipócrita, questionasse menos, mentisse mais, fosse um pouco mais egoísta e fingisse ser menos egoísta do que eu seria hipoteticamente falando eu me daria bem na vida. Mas sabe como adultos não conseguem aprender né. Tarde demais. E sinto que minha vida vai ser assim até o fim. E eu sei que quem "tem que mudar blablabla" sou eu mas me diz, como? Acho que quem fala esse tipo de coisa num faz idéia do quão difícil fazer isso é, por mais que você queira. Sei que a vida não se resume a isso, tem gente que parece seguir rumos tão diferentes, mais tranquilos, enfim... Ah!

sábado, 27 de março de 2010


it's all i'm asking for.

terça-feira, 16 de março de 2010

now, tell me the truth...




Lá estava eu, assistindo multishow, e estava passando a chamada do "Alternativa Saúde", apresentado pela Patricya Travassos e Cynthia Howlett. Sei que uma descrevia a outra, começando pela Patricya: "A Cynthia é linda, magra, elástica... Inveja? Não gente!" e a Cynthia "a Patricya é tão inteligente, interessante, bem articulada..." e pronto. Resumindo foi isso. E fiquei pensando numa coisa bastante original, aliás: Será que mulheres em geral preferem ser descritas como inteligentes, espertas e sagazes ou bonitas, gostosas e cheirosas? Qualquer mulher vai dizer que prefere ser considerada inteligente. Qualquer mulher vai afirmar que beleza se deteriora, mas conteúdo não (grande mentira, quero ver você morrendo, definhando, com 80 anos de idade, e ainda com o mesmo conteúdo que tem agora.E se tu tiver Alzheimer?). Mas eu aposto que toda mulher se sente melhor quando é chamada de bonita e gostosa.
Quer saber o que eu acho? As únicas mulheres que preferem ouvir que são inteligentes e whatever são as gatas, que sabem que são bonitas e são elogiadas pelo físico delas todos os dias! Agora querem se aventurar por novos caminhos... Ou aquelas que tem boa auto-estima. Eu lembro da Marília Gabriela no gordo pop show, dizendo que queria muito ouvir que era gostosa e tudo mais.
Me dá uma pontinha de tristeza (pontadona na verdade) quando vejo que minhas amigas sendo assediadas e eu ficando sempre pra trás. Sempre me disseram que sou inteligente (embora eu não acho que seja, eu num sei do que acontece, não escrevo nada profundo - tudo bem que é um blog só para reclamar da vida - e não sou nenhum poço de cultura, sem contar meu português triste) mas queria uma vez saber como é estar do outro lado. Ser bonita. Ser assediada. Ser disputada. Sabe, eu estava pensando no meu currículo de meninos que já fiquei (que ridículo) e vi que a primeira vez que um homem deu em cima de mim, eu deveria ter uns 17 anos. Eu tinha quase 18 anos a primeira vez que um cara me ligou. E eu consegui contar nos dedos o número de homens que de fato fizeram isso. Ficar com um cara só porque não quero ficar sozinha? Hahaha, como se eu tivesse essa opção.
Mas peraí, como esse papo mudou de "quero ser reconhecida pela minha beleza" para "os homens não se interessam por mim, e blábláblá..."? De fato sou muito reclamona em relação a como as pessoas me veem, como os caras não me querem e como ser bonita ou não tem um impacto nisso. Não estou dizendo que não sou, estou somente discutindo os fatos, então por favor, não me batam. Mas porque alguém gostaria de ser reconhecidamente bonita senão pra ser menos solitária e antifoda?
Muita guria se faz de burra. Muita guria é de fato burra. E estou falando das bonitinhas, ou nem tão bonitas assim, mas o fato é, as que se fazem compreendem que los caballeros as prefieren brutas, e as que são... bom, não estão nem aí, elas tem bastante atenção. Me disseram que essas garotas bonitas e burras não são o tipo de mulher com quem eles querem namorar, mas minha vida e o que observo me prova o contrário. Sempre vejo eles escolhendo as burras pra namorar, o que faz sentido, eles querem alguém pra mimar, pra se impôr, não vão querer uma mulher inteligente. Aliás, não ser tão bonita mas agir feito burra (provavelmente sendo) já suficiente pra alguns deles. Mas não tomem isso como uma generalização. Só uma amostragem mesmo.
Isso significa que quero ser bonita e burra? Claro que não. Quase todo mundo que considero inteligente reconhece que pessoas burrinhas e alienadas são mais felizes. Eu conclui isso há uns 6 anos atrás, acho. E apesar de tudo, sendo dada a escolha, prefiro continuar com um pouco de cérebro. Mas queria saber como é bom ser gostosa, e preferiria ouvir as pessoas se referindo a mim como "aquela morena gatíssima" sempre. Mas fala a verdade mulher, o que faz você se sentir melhor em relação a si mesma? Seja realmente sincera, não fale o que os outros querem ouvir.

segunda-feira, 8 de março de 2010

wild boys


Garotos, problemas. Mas mesmo sem fazer nada, sem motivo algum eu fico rindo deles. Culpa minha e das amigas, óbvio! Essa história de ter que ficar inventando apelidos para que não saibam de quem a gente está falando! Muito embora alguns se espalharam tão rápido que todo mundo sabe quem é o tal do "inserir apelido aqui". Lembro quando eu estava no segundo grau, e eu e uma amiga minha não sabíamos dos nomes dos guris e/ou era como no caso descrito acima: não saberem de quem estávamos falando. Meus olhos, seus olhos, MMD, tinha até um Cantrell!... Ah lembro de poucos. Hoje em dia, com os outros, já temos animais de grande porte e acinzentados(which is so not the point), amores filosóficos gregos, jardins de infância e berçário, mesmo uma grande merda em inglês (tanto literalmente quanto não saber soletrar). Pior é ir conversar com esses guris e quase chamá-los pelos apelidos né. Ficar rindo da cara deles sem eles nem saberem o porque. Ou pior: todo mundo DE FATO saber que ele é chamado assim e ele descobrir. Ah, sei lá. A maioria fez por onde né...! Afinal, quem mandou ser um namorado fdp? Ou não realizar um procedimento cirurgico tão simples! Pior, ter 17 anos?

sábado, 6 de março de 2010

backstabber? just plain crazy?


E qual a lição do dia? Provavelmente que você não está imune à más impressões, por mais boazinha, ou tímida e na sua que você possa ser. Você acaba sendo sacana, egoísta e indigna de confiança. O mais engraçado é você conversar com uma pessoa sobre isso e ela colocar o pé no chão e dizer "eu formo minha próprias opiniões e lálálá" e quando você perguntar que opiniões são essas, ela desconversar e não saber dizer o que. E aí depois dizer "ah, você me parece assim e assim" e eu, "porque?" e a pessoa desconversar de novo. E eu e minha mente cheia de ser justa demais atacou novamente, fui atrás de alguém que queria conversar comigo pra mostrar o lado dela e estou realmente interessada em ouvir agora, não somente pra me senir de certa maneira "justiçada", mas porque realmente me deu um clique. E não quero só dar o espaço pra ela falar, quero realmente ouvir.
Mas o fato é, eu costumo perguntar pra pessoa o que está rolando comigo que ela está chateada, e antes de opinar, eu quero ter certeza que peguei tudo que a pessoa disse. Me pareceu o mais certo desde sempre, hoje vejo só que dá espaço pra muita gente se enfiar na sua vida, meter o dedo, te criticar o caralho a pau. E serem bem injustas. Acho que preciso mudar essa minha atitude.

Ontem foi um dia péssimo, em todos os sentidos. Pareceu ser um dia de sinais. Entretanto não vejo como pudesse ter acontecido de outra forma, a não ser que a vida fosse assim...ahn... melhor. Já outras se aproximam, mas eu num sei me aproximar direito das pessoas mesmo. Mas estou tentando. E por fim vi o objeto do meu desejo DO NADA, a pessoa simplesmente aparece do nada no último lugar do mundo que esperaria vê-la, e detalhe, quando estava desabafando sobre ela para outra pessoa. Sinal? num sei. Se eu acreditasse em sinais eu acreditaria piamente que fesse foi um. Mas depois fui parar pra pensar nesse sinal... e num dia só de coisas ruins, que praticamente só recebi hostilidade das outras pessoas, o sinal foi esse "he's no good"! Ontem foi mesmo uma merda. Começou ruim e terminou pior.

quinta-feira, 4 de março de 2010

to be young and in love


O fato é: estou sim apaixonada por um guri que eu mal conheço. desde sempre digo que é uma coisa platônica, mas estou mesmo apaixonada. Tá que provavelmente se eu o conhecer melhor, vou me decepcionar; sim, grande parte disso é idealização, mas o fato é que estou sim apaixonada. E se até há pouco eu estava fugindo da idéia de namoro, agora eu estou carente, querendo namorar. Droga! E claro, o maior dos clichês: ele nem sequer liga pra minha existência. E obviamente passei essa semana toda tentando não pensar no guri mas só pensando nele. Engraçado que, com tantos clichês, a gente ainda vê milhares de casais sobrevivendo por aí, sobrevivendo aos joguinhos do "ligo ou não ligo?", ao "em balada num se arruma namorado(a)", a máximas como "quem a gente gosta nunca gosta da gente - e vice versa" e tantos outros problemas. Entretanto vejo tantos casais por aí que se dizem estar apaixonados e felizes, pessoas se casando... a gente sempre se pergunta, claro, quantos desses casais não estão juntos por conveniência... ou será que eu que sou chata mesmo pra me apaixonar? Como funciona isso, uma pessoa dá mole, a outra vai na onda e de repente está apaixonada? Eu num consegui fazer isso nem com os caras que eu fui atrás! Sei lá, vai ver estar apaixonado e ser correspondido é que nem engravidar, uma improbabilidade realmente improvável que acontece o tempo todo. E tem aquela básica né, que tem muita gente por aí com alguém por conveniência.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

neutrox 2


Então, aconteceram algumas coisas e eu estou tentando me manter completamente neutra. Acho incrível a capacidade das pessoas aqui nessa Brasólia de arrumar confusão umas com as outras. E acabam arrastando quem não tem nada a ver pro meio, porque bem, a cidade é pequena né. Não lembro de nenhuma briga marcante com alguém por algo que aconteceu entre eu e essa pessoa, porém lembro de várias brigas marcantes que estive envolvida, todas sobre outras pessoas que brigaram e me arrastaram pro meio. Principalmente quando essas brigas envolvem duas pessoas que eu gosto demais né. E justamente por me manter neutra que quando vejo outras pessoas se metendo aonde não foram chamadas, eu fico puta. É tanta hipocrisia, incoerencia, mal-caratismo rolando que eu tenho que acabar me segurando para bater o pé nessa questão de me manter neutra. As vezes uma pessoa aponta pra gente como tal pessoa é palha e odeia ela, e a gente fica "poxa, mas eu conheço tal pessoa ha muito tempo..." Mas aí você descobre como a pessoa andou fazendo coisas ultra mega palhas ultimamente. Brasólia é assim mesmo, você está sempre se decepcionando com as pessoas porque a cidade é muito pequena e todo mundo tem defeitos, e acabam prejudicando um amigo seu. E depois acontece o contrário. As vezes me dá uma vontade de sair dando lição de moral em todo mundo mas vai que eu pago a língua logo depois? De repente é por isso que acabei tão fechada, tão isolada e nem me dei conta disso em todos os anos.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

remnants of a deeper purity

Dentre as coisas que não lembrava, uma delas é "caracas eu era louca por black tape for a blue girl!" Eu nunca achava as letras. Hoje me lembrei disso e cacei as letras das músicas e achei uma, melhor postar aqui antes que me esqueça de novo.

she was so beautiful to watch
swirling in and out of view
a seemingly Spanish dancer hands and heel
a moonfaced girl with eyes downturned
subtle flusters beneath blackened threads
refined and tempting
so shy and enticing yet i fear
she'll disappear before the night ends

time seems to bring us together again
a decade later and another face
are you the girl I've been dreaming of?
you look like her smell like her
that raven-haired beauty of another time
a rush of memories washing over me
I've always been waiting for someone to set me free

those eyes quietly tell me of a passion we could share
the dance reminds me of a life that we once knew
snares for my hopes snares for my thoughts
snares for my dreams drifting onto oblivion
can you tell me about the intuition I feel
can you tell me about everything I long to understand?

remnants of a deeper purity
remnants of a deeper purity

she was so beautiful to watch drifting out into oblivion
a moonfaced memory with eyes downturned
are you the one the one I've been dreaming of?

domingo, 24 de janeiro de 2010

my life sucks...

...and i want to die.
Sério, não aconteceu nenhuma tragédia na minha vida. Minhas irmãs continuam vivas e meus pais ainda são casados. Eu não sofri nenhuma espécie de trauma (tirando bullying que sofri pra caralho com isso). Mas... tudo é uma merda. Sei lá, ser invisível é uma merda. Não poder confiar nos outros é uma merda. Saber que você não foi completamente invisível quando outras pessoas estavam falando pelas suas costas, e não tanto pra falar mal, mas sim pra rir da sua cara é uma bosta. Ah, sei lá, todo mundo passa por isso. Mas eu não sei quem passa por isso diariamente como se sente, eu me sinto uma bosta, um cocô. Eu não quero mais brincar disso.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

aleatório


Eu não confio em você. Acho que só ouvi isso uma vez na vida, de pessoas totalmente não confiáveis. O motivo? Infantilidade, pra variar. Parece que tudo e todos são infantis nesse mundo, eu hein. Tinham dois grupos. Eu era amiga de gente dos dois, e ai que eles começaram a se bicar. E me disseram: "Ou você toma partido, ou você vai parecer não confiável." Tá, parece história da malhação, mas aconteceu. Eu fico rindo quando penso nisso, sério mesmo, e estou pensando nisso porque podem falar o que for de mim, mas que não confiam em mim é difícil, mentira. Acho que nunca tive problemas com pessoas não confiando em mim, se falaram pelas costas eu num faço idéia, óbvio, mas não trouxeram esse problema pra mim. Eu me acho uma das pessoas mais confiáveis que eu conheço, e essa é uma das minha maiores qualidades. Você é uma inútil. Isso eu já ouvi mais vezes, especialmente aqui dentro de casa. Inclusive, pessoas já tentaram me consolar diversas vezes, dizendo que não sou, mas eu sou, eu sei que sou. Eu sei que estou basicamente um desperdício de espaço aqui nessa casa. o problema é que eu num consigo fazer as coisas direito. O que me lembra dois dos meus maiores defeitos: preguiça e falta de auto confiança. Ficar só olhando sem brincar é palha. Ontem eu ouvi isso, foi uma definição perfeita da vida que eu levo. E é basicamente o que eu faço: ficar olhando sem brincar! Eu fiz isso a vida toda. Eu vi os outros se divertindo, e eu sempre só olhei isso. Eu nunca entendi as regras do jogo, nunca soube entrar na brincadeira. Nunca soube me soltar. Eu sempre só olhei. Come full circle. Mas eu nunca consigo fechar os ciclos. Parece que eu to sempre numa bad. E eu num sei se eu me coloco nessa bad ou se sou uma azarada do caralho mesmo. Sei que numa tentativa de falar menos sobre isso eu criei o blog, pra despejar tudo aqui. O fato é, to num momento ruim, que dura mais de 1 ano já e não passa. Na verdade foi tudo mudando. Brigas entre amigos, que emendou com desemprego, que emendou com solteirice aguda, que emendou com o lance da confiança nas pessoas, que emendou com medo de ficar sozinha (de amizades) que provavelmente sempre esteve aí(o medo e talz). Come full circle. Ah sei lá. Desmotivação. Ah tipo é isso.

sábado, 16 de janeiro de 2010

fly by night, away from here change my life again


Poxa, 3h40 da manhã e eu aqui em casa ouvindo rush, me bateu uma nostalgia danada. E, sem saber muito o que fazer online - que diga-se de passagem, tem a ver com um post que farei logo logo - fiquei dando uma olhada no orkut dos outros, nas fotos e enfim. E, obviamente me lamentando, afinal se eu não estivesse me lamentando, não teria motivos para eu fazer esse post né, afinal a razão desse blog existir são minhas lamentações. =P Muitas vezes eu me encontro nesse lugar onde eu vejo as coisas, pessoas e acontecimentos a minha volta e me sinto tão coitadinha, mas tão coitadinha que eu até fico enojada com isso. Lembrando o que eu escrevi lá embaixo, eu sei que existe gente passando fome, gente perdendo parentes em desastres naturais e blablabla, mas... ah se eu voltar a falar sobre isso eu mudo completamente o foco desse post. Eu tive uma aluna, book 1, 18 anos, que num falava um zero em ingles até julho do ano passado, aí de repente ela anuncia pra mim "teacher, vou fazer um intercâmbio na austrália!" E agora, eu vendo as atualizações do orkut dos outros, uma outra guria que estudou no meu ex-trabalho, aluna de alguns fellow teachers of mine, acho que tem 17 ou 18 anos, postou suas fotos em vancouver. E eu sempre senti da parte dos meus alunos umas certa admiração de "ela fala inglês, tem 26 anos, formada na unb, deve ser vivida, saber das coisas" e aí estão eles fazendo todas essas coisas, indo pra fora enquanto eu, uma professora de inglês que nunca foi pro exterior. Isso sempre fez eu me sentir tão loser, todo mundo vivendo a vida - e quero deixar claro que a idade que você tem quando você consegue fazer certas coisas, mesmo que seja com $$ dos pais, conta - e eu aqui na minha falta de necessidade de viver. Aí me deparei com o orkut de uma guria, que nem sei porque está nos meus amigos, eu só a vi 2 vezes... sei que é capaz de ser a guria mais linda que eu já vi, fala inglês, francês, espanhol, alemão, terminou o 2º grau e foi fazer faculdade fora do país, tem um namorado lindamente maravilhoso, é totalmente loaded e... poxa parece uma vida de contos de fada. E eu fico pensando em como eu queria ter uma vida assim, como eu queria saber como é... e no final de todas essas lamentações sempre chego à conclusão que o melhor é torcer pra que a gente possa viver várias outras vezes com esses privilégiozinhos que essas outras pessoas tem agora. Mas não, NÃO estou entrando no campo de crenças e whatever - isso é assunto para outro post. É apenas um pensamento aleatório, até mesmo reconfortante que eu tenho, ahn, todo dia antes de dormir. Hehe. Vivendo a vida esperando por outra vida (hahaha).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

preguiça vem cedo

E quando ela chega, o que a gente faz? Posta uma letra de música. Eu sei que esse é um recurso altamente brega, mas eu detesto quando algo começa a mofar (igual minha lingerie sexy) então vou lançar mão desse recurso ridículo.


So much blood I'm starting to drown
Runs from cold to colder
Time to time the sky's come down
To help me lose my way
Tears and lies for answers
You and open veins, God knows I'm gone
Girl I just want you to
Come on down
Lord it's a storm and I'm heading to fall
These sins are mine and I've done wrong, oh babe
Come on down

Long Gone Day
Mmmm, who ever said
We wash away with the rain

See you all from time to time
Isn't it so strange
How far away we all are now
Am I the only one who remembers that summer
Oh, I remember
Everyday each time the place was saved
The music that we made
The wind has carried all of that away

Long gone day
Mmmm, who ever said
We wash away with the rain

So many tears I'm starting to drown
The rain in heaven's all come down
Silver spoons affix the crown
The luckless ones are broken
Fears and lies for answers
You and open flames
God knows I'm gone
And I just want you to
Come on down, hmmm

Lord it's a storm and I'm heading to fall
These sins are mine and I've done wrong
I want you to, oh, I just want you to
Come on down

I fear again, like then, I've lost my way
And shout to God to bring my sunny day

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

I wanna be a super model


Já que o assunto é popularidade, vou primeiro divulgar o mais novo internet fad que eu já inventei de fazer parte: www.formspring.me/arixx
Ontem eu peguei a Época pra ler, e logo no começo tinha um artigo sobre popularidade. Bom era sobre o BBB, o que dá na mesma né. Falava sobre uma participante dessa nova edição, se não me engano do Paraná, que é famosa por causa do twitter, chegou já a ter mais de 10mil segidores. Logo já está se falando em uma comoção na internet pra as pessoas votarem nela e a manterem no programa, outras pessoas falam em se organizar pra eliminá-la do programa, enfim. Eu só fico pensando, como uma pessoa fica assim popular da noite pro dia? Tá, tudo bem que a guria é linda, mas ela ficou popular pelo twitter, o que dá mal e porcamente uma idéia de como a pessoa é (e pelo que eu vi, num tem nada demais no twitter dela pra ela ser tão famosinha). E não é a única pessoa que ficou popularzinha assim na internet não, marimoon, hello? E mesmo dentro dos limites de BSB, dá pra ver pessoas que ficam conhecidinhas na cidade inteira, dependendo do meio. Tanto pela personalidade quanto pela beleza, sex appeal ou sei lá.
O que me lembra justamente o que eu estava escrevendo no twitter: high school is never over. Incrível como dependendo do meio que você anda, ainda existem as cheerleaders, os jocks, os geeks, os drogados perdidos na vida, os cool kids, os outsiders, e as pessoas que simplesmente não são populares, são ignoradas. Tem muito cool kid por aí, muita gente que tá pouco se fudendo pra essa história de se ser pop ou não, mesmo porque pessoinhas pop normalmente num prestam. Podem até ser simpáticas, mas não prestam. Dificilmente tem alguma coisa na cabeça, e se tem, elas escoderam em uma gaveta que decidiram nunca mais abrir. Eu queria dizer que eu sou uma cool kid hehe, mas eu to mais pra ignorada. Sério mesmo. Não sei se sou boazinha demais, na minha demais, nada gata demais, engraçadinha e sarcástica demais, mas as pessoas simplesmente não conseguem notar minha existência. Me falta o tal do "mel social". Claro que tenho alguns amigos fofos que eu amo e talz, mas poxa, tem uma amiga minha que toda vez que eu to com ela o telefone dela toca mil vezes, parece telefone de puta haha, e me lembra como o meu fica dias inteiros seguidos sem tocar, aí quando toca, são meus pais ligando ¬¬' . Que muitas vezes eu tenho que ficar ligando pedindo mil vezes pra esses poucos amigos pra sair, pra eu num ficar sozinha mas eles sempre já tem outros compromissos (pq de fato conhecem outras pessoas hehe) ou simplesmente num podem. E eu sou muito solitária. Acho que admiro de certa forma essas pessoas popularzinhas por isso, porque eu me sinto sempre muito sozinha, e iria gostar de ter sempre alguém pra passar tempo comigo, de ser notada, das pessoas de fato se interessarem por mim e pelo que tem na minha cabeça, quererem saber sobre mim, de os caras se interessarem por mim ao invés de eu só ficar vendo de longe o que acontece e meus pobres amigos ficarem desesperados tentando me convencer que eu sou legal bonita e interessante mas mas eu simplesmente não conseguir enxergar isso e o mundo sempre me mostrar que eu num sou nada disso messsmo. Por isso tudo eu sempre me pergunto se num é uma invejinha que eu sinto das pessoas pop ou o que, mesmo não gostando da maioria delas, mesmo não me interessando pelo que se passa na cabeça delas, não achando elas bonitas e divertidas, mas elas tem muito do que eu gostaria de ter. É palha isso né?

extremos


Interessante notar como certas coisas que as pessoas fazem que nos emputece, que achamos um absurdo pode ser um hábito nosso no fim das contas. Eu sempre gostei do fato de ser muito justa em relação ao meu julgamento das coisas, das pessoas, e também sempre quis enxergar a nuances, ao invés de ser mais uma que diz "ah mas se você acha isso disso eu também posso achar isso daquilo". acho difícil, acho que poucas pessoas se propõe a fazê-lo, mas estamos aqui, tentando. Então, vamos aos causos.
Eu sempre tive problemas com meu corpo e talz, sempre me achei gorda, bom, gordinha, não gooorrdda nem nada, mas sempre tive sérios problemas. Mas o pior num é SER gorda, eu até viveria melhor com minha barriguinha, se eu num fosse tão flácida. É peito e bunda fora do lugar, perna que treme quando eu ando, acho que a única coisa que eu não tenho em abundância é estria. Toda vez que eu me olho no espelho eu basicamente tenho vontade de chorar. Mas é claro que não poder usar uma blusinha justa, um tomara que caia tranquilamente, uma minissaia sem meia calça me incomoda. O fato é, tem algumas amigas minhas que tem esse problema mais acentuado que o meu, algumas chegaram a fazer redução de estômago e enfim (eu acho elas todas mais bonitas, charmosas e atraentes que eu, mas num vem ao caso) e eu tava conversnado com umas delas e ela tocou no assunto, começou a reclamar e eu acabei reclamando da minha figura também. Aí ela me tirou," que absurdo, vcê não deveria reclamar disso", e blablabla e eu pensando tipo "poxa, eu to infeliz com a minha imagem sabe, num é porque seu problema é pior que o meu que eu de repente sou perfeita e talz" enfim.
Eu sei que eu comecei a pensar que eu mesma faço isso sempre. Se alguém tem um problema, eu to sempre lá esfregando na cara delas como poderia ser pior, olha pros meus que são muito piores, eu num tenho $$, minha família isso e aquilo, e blábláblá. E nossa, me senti ultra injusta ao perceber isso. Provavelmente é um vício que não vai embora tão cedo mas vou me policiar pra compreendê-los melhor. Porque do mesmo jeito que pra mim quando eu ouço o problema de alguém e fico pensando "poxa, quem dera eu estivesse nessa situação", isso também deve ter acontecido com minha amiga acima citada. E já que eu achei meio injusto da parte dela, significa que eu tenho sido injusta por muito tempo com as outras pessoas! Bom, vou tentar melhorar, eu prometo. Mas como eu falei, a gente tem que enxergar as nuances, então num é qualquer "ah eu to sem dinheiro pra viajar pro Japão, com a grana que eu tenho só dá pra ir até a República Tcheca" que eu vou ouvir achando lindo. E, como eu sempre digo, ninguém tem direito de reclamar de nada enquanto existem pessoas passando fome e existem guerras acontecendo, entre outras coisas (sarcasmo detected). Ninguém tem direito de se sentir triste POR NADA.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Before Sunrise


Então eu estava assistindo "Before Sunrise" hoje. E pensando "deuses, como é lindo, eles se conheceram no trem, foram passar o dia em Viena e ficaram lá se pegando e conversando e ficando de cara com o fato que eles são tão legais" e também pensando "ah deuses, mas que triste que eles tiveram que se separar, mas que imbecis também né, porque não pegaram o número de telefone um do outro simplesmente e experimentaram ver se aconteceria com eles o que disseram, em um momento de total cinismo. E eu pensando em como eu gostaria de viver uma história assim, estilo before sunrise, mas ao contrário deles idiotas, eu pegaria o telefone, ou email, msn, hoje em dia o facebook (hehe) e manteria contato. Mas poxa, eu tinha esquecido que eu já vivi meu very own before sunrise! Embora não tenha sido exatamente um dia e uma noite, foram 4 dias, e a gente decidiu não manter contato mas acabamos mantendo contato sim , e nos encontramos de novo e no final das contas eu me fudi. A ilusão foi quebrada. O príncipe encantado virou sapo. Blábláblá. Bem no finalzinho de 2009 eu conheci um cara, e o tempo diminuiu de 4 dias pra algumas horas. Liguei mas só caiu na voicemail. A ilusão continuou. O cara ainda é o mais legal ever e eu sei que nunca mais vou vê-lo (e não penso nisso, mas é só para fins de comparação). E eu num acho que pelo fato de ter continuado um cara fofinho e talz ao invés de um fdp que me deixou mal e deprê, a sensação ainda é ruim. Before Sunrise só presta na tela mesmo.